A China está a atualizar o seu poder naval com submarinos dotados de Inteligência Artificial, não tripulados, que visam fornecer uma vantagem sobre as frotas dos seus rivais mundiais.
Os submarinos poderão patrulhar áreas no Mar do Sul da China e no Oceano Pacífico que é onde se situam as bases militares em disputa.
Embora o custo esperado dos submarinos não tenha sido revelado, é provável que sejam mais baratos do que os submarinos convencionais, uma vez que não requerem aparelhos de suporte de vida para humanos. No entanto, sem tripulação humana, também terão de ser suficientemente resistentes para estarem no mar sem possibilidade de reparações a bordo.
Os XLUUVs (Extra-Large Unmanned Underwater Vehicles) são muito maiores do que os atuais veículos autónomos submarinos, serão capazes de atracar como qualquer outro submarino convencional e transportarão uma grande quantidade de armamento e equipamento.
Como último recurso, poderão ser utilizados em ataques "suicidas" automatizados de forma a afundarem ou causarem grandes danos a um grande navio inimigo.
"A IA não tem alma. É perfeito para este tipo de trabalho", disse Lin Yang, cientista chefe do projeto. "[Um submarino com IA] pode ser instruído para abater um submarino de energia nuclear ou outros alvos de alto valor. Pode até efetuar um ataque kamikaze".
O elemento IA dos submarinos terá de realizar muitas tarefas, incluindo navegar em águas frequentemente imprevisíveis, seguir rotas de patrulha, identificar navios amigáveis ou hostis, e tomar as decisões apropriadas.
É a tomada de decisões que causará mais preocupação, uma vez que a IA está a ser concebida para não procurar contributos externos (ordens externas) durante o decurso de uma missão.
A norma internacional promovida pelos investigadores de IA é que qualquer sistema de IA armado requer o contributo humano para tomar uma decisão final.